Guia: 5 Tendências Tecnológicas Para 2018

Guia: 5 Tendências Tecnológicas Para 2018

Empresa que não inova morre. A frase é forte, mas é exatamente o que acontece com organizações que deixam de se adaptar às inovações. Um caso emblemático é o da Blockbuster. Nos anos 90, a marca abria uma loja a cada 18 dias no Brasil. No início dos anos 2000, chegou a faturar mais de US$ 800 milhões. E “do dia para noite”, se viu naufragada em dívidas até falir, após a mudança de operação da rival Netflix.

A Kodak é outro exemplo de organização que não acompanhou a evolução tecnológica e acabou ‘quebrando’. Na década de 70, chegou a deter 80% das vendas de câmeras e 90% dos filmes fotográficos. Mesmo tendo inventado a câmera digital, deixou de investir na tecnologia até deixar de ser referência e decretar falência em 2012.

Ao contrário do que muitos pensam, dedicar parte dos esforços em inovação não é necessariamente um ação cara ou complexa; é antes, um processo gradual e contínuo que demanda apenas um ponto de partida. Por isso, trazemos neste guia cinco tendências que estarão em alta para o próximo ano.

Acompanhe e não deixe sua empresa ser a próxima vítima.

Boa leitura!                                                                     

O que esperar da tecnologia em 2018?

Um dos passos fundamentais para manter sua empresa saudável é prever o que pode acontecer no mercado em curto, médio e longo prazo. Dessa forma, também é possível planejar as tomadas de decisões de forma assertiva.

Abaixo, você confere as cinco principais tendências de tecnologia para 2018:

1 - IoT: o conceito de IoT (Internet das Coisas) tem potencial para seguir crescendo em termos de relevância e se tornar um dos principais pilares do crescimento econômico mundial nos próximos anos, com a melhoria de operações de negócios e avanços inovadores em praticamente todos os segmentos.

Segundo levantamento do Instituto McKinsey & Company, a Internet das Coisas terá um potencial de impacto econômico anual entre US$ 4 trilhões e US$ 11 trilhões até 2025. Surpreendente, não?

A quantidade de aplicações possíveis que a Internet das Coisas permitirá é gigantesca e demandará uma adaptação das empresas nos mesmos moldes do que ocorreu há pouco tempo com a onda do streaming de vídeos.

O mercado global aponta que até 2020 haverá mais de 2,5 bilhões de pessoas ligadas em rede e cerca de 50 bilhões de dispositivos conectados.

Com tantos equipamentos interligados ao mesmo tempo, a quantidade de dados que passará pelas redes das empresas aumentará em projeção geométrica, gerando receitas na casa dos milhões para empresas operadoras de banda larga, transporte e armazenamento de dados.

Com isso, a Internet das Coisas mexe não só com a comodidade e a vida do consumidor, mas também com o atual modelo de negócio da indústria, obrigando-a a se reinventar se quiser ter longevidade.

2 - Indústria 4.0: na linha da Inteligência Artificial, os assistentes virtuais ganham papel especial e a cada dia se integram mais à vida das pessoas. É o caso de Sophie, a plataforma inteligente artificial, desenvolvida pela Stefanini, capaz de interagir com usuários humanos e sistemas por meio de um conjunto crescente de interfaces de texto e de voz.

A proposta é tornar as interações com usuários, sejam eles pessoas ou corporações, mais fluidas, simples e eficientes. Os assistentes virtuais, sem dúvida, são estrelas da chamada 4ª Revolução Industrial, mas não são as únicas.

Os robôs serão programados para fazer a mesma tarefa de um humano, e na mesma ordem: buscar campos em combinações de caracteres específicos, copiar, colar, escrever, computar e até criar e enviar textos a partir de informações padrão.

Quando implementadas, as tecnologias decorrentes da Indústria 4.0 garantem agilidade na adoção, aumento do tempo de atuação dos agentes (robôs trabalham 24 horas por dia, sete dias por semana), menos erros, aumento da velocidade de processamento e diminuição do custo de processos.

Segundo a consultoria Gartner, até 2017, os serviços gerenciados baseados em RPA (Robotic Process Automation) e as plataformas cognitivas reduzirão 60% o custo de soluções de TI ao automatizar tarefas repetitivas realizadas hoje pelos humanos.

3 - Blockchain: essa tecnologia está entre as top 10 nas áreas de segurança corporativa, armazenamento de dados e compartilhamento de arquivos. Um recente relatório do Fórum Econômico Mundial prevê que, em 2025, 10% do PIB serão armazenados em tecnologias relacionadas com Blockchain.

Muitos especialistas acreditam que a tecnologia, que cresceu em popularidade por ser a base para a criptografia e segurança da plataforma de Bitcoin, revolucione a armazenagem de dados digitais, não apenas na área financeira, mas também em outros setores, como o agrícola.

Aliado ao uso de Big Data, o Blockchain pode ser a alternativa para reunir dados que se encontram desconectados, de forma a ampliar a eficiência e assegurar mais transparência em cada etapa do processo produtivo.

No Brasil, a tecnologia é nova e está sendo desenvolvida, principalmente, para atuar nas transações bancárias. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) criou uma comissão e um grupo de trabalho específico para tratar do assunto, devido à sua importância como ferramenta disruptiva e de segurança. Um fator que chama bastante atenção é a maneira como o Blockchain rompe com o padrão usado atualmente por bancos de dados para armazenar informações de seus clientes.

Hoje, os servidores são centralizados e controlados por seus respectivos proprietários. Se uma pessoa transfere dinheiro pela internet, o banco de onde sairá o dinheiro precisa informar à outra instituição se há realmente fundos na conta do cliente. Com o Blockchain, os bancos de dados são espalhados por uma rede com várias máquinas conectadas, em diversos locais, de forma compartilhada

4 - Computação Cognitiva: desenvolvido pela IBM, o Watson representa uma nova era da tecnologia, a da computação cognitiva. Isso significa que os seres humanos deixarão de apenas programar os computadores e passarão a trabalhar juntamente com essas máquinas.

Além da computação cognitiva, o Watson combina três pilares: o processamento da linguagem natural, a geração e avaliação de hipóteses e a aprendizagem dinâmica. 

Segundo previsões da consultoria IDC, o mercado de computação cognitiva deve movimentar US$ 31,3 bilhões em 2019, sendo que mais de 40% dos gastos serão direcionados para softwares.

A Stefanini Scala tem assistente cognitiva multicanal, batizada de  MAIA (Multipurpose Artificial Intelligence Assistant), a solução inspirada no IBM Watson é capaz de pensar e responder como um humano, graças a algoritmos complexos de inteligência artificial. “As tecnologias de IA para classificação, combinação de padrões e sugestão de informações potencialmente relacionadas já são parte do nosso cotidiano. Os dashboards baseados em IA oferecerão inteligência preditiva que proporcionará um nível totalmente novo de conhecimento sobre a tomada de decisões da gestão”, diz Danielle Franklin, Diretora de Novos Negócios da Stefanini Scala.

O Watson é uma solução que deve ser pensada em longo prazo, já que se torna mais eficiente à medida que vai aprendendo sobre o negócio. No Brasil, já há aplicações da ferramenta em atendimento de call center e em chats eletrônicos. Nesta área, por exemplo, a ferramenta consegue se adequar às peculiaridades de cada cliente e região.

5 - Mobilidade e Realidade Aumentada: nascidos entre 1980 e 2000, a geração Y representa mais de 2,5 bilhões de pessoas, a maior geração presente no planeta. Segundo dados do Bank of America, 86% deles vivem em países emergentes, como Brasil, Índia e China.

Essa geração nasceu em uma época de ascensão da tecnologia e está transformando culturas organizacionais, além da forma de lidar com as marcas. Um exemplo disso foi o jogo Pokémon Go: as tecnologias e a mecânica do game foram utilizadas para engajar indivíduos desta geração de forma a aumentar a produtividade no trabalho ou ampliar as oportunidades de negócios.

No mercado de seguros, por exemplo, é possível utilizar a realidade aumentada para fazer vistorias, sem a necessidade de enviar uma pessoa até o local, ou do segurado ter que se deslocar. Seguindo o sucesso do Pokémon, uma rede varejista brasileira lançou o seu próprio jogo. Assim, seus frequentadores podem capturar “medalhas” da marca que aparecem pelo estabelecimento e, depois, trocá-las por benefícios.

Fonte: TRENDS - BIZ & MORE